Eleições brasileiras de 2018 e 2022: do fim das coligações ao início das Federações.

Abstract

O artigo filia-se ao campo de estudos sobre eleições parlamentares. O objeto de análise é uma alteração nas regras de apresentação de candidaturas para a Câmara de Deputados entre 2018 e 2022, quando as coligações eleitorais foram substituídas por Federações Partidárias. O objetivo é comparar os resultados por partido e região do País visando identificar diferenças no desempenho eleitoral a partir do percentual de sucesso nas duas campanhas. As coligações eleitorais existiram nas duas décadas anteriores, tinham validade apenas para o período das campanhas e apresentavam grande variação programática e ideológica, além de favorecer a fragmentação partidária. As Federações são organizações permanentes, que organizam as bancadas eleitas e com maior consistência ideológica. A comparação entre as duas eleições mostra uma manutenção dos partidos com melhor sucesso eleitoral, continuidade das distâncias entre partidos grandes e pequenos das Federações e redução do número de partidos que apresentaram candidatos e que conseguiram eleger deputados em 2022 em relação a 2018.

El artículo hace parte del campo de estudios sobre elecciones parlamentarias. El objeto de análisis es un cambio en las reglas de presentación de candidaturas a la Cámara de Diputados entre 2018 y 2022, cuando las Coaliciones Electorales fueron reemplazadas por Federaciones de Partidos. El objetivo es comparar los resultados por partido y región del País para identificar diferencias en el desempeño electoral en función del porcentaje de éxito en las dos campañas. Las coaliciones electorales existieron en las dos décadas anteriores, válidas sólo para los períodos de campaña y presentaban una gran variación programática e ideológica, además de favorecer la fragmentación partidaria. Las federaciones son organizaciones permanentes con efecto sobre las bancadas electas con mayor consistencia ideológica. La comparación entre las dos elecciones muestra un mantenimiento de los mismos partidos con mejor éxito electoral, continuidad de las distancias entre partidos grandes y pequeños en las Federaciones y una reducción en el número de partidos que presentaron candidatos y que lograron elegir diputados entre 2022, respecto a 2018.